A insatisfação dos servidores municipais do Crato com a proposta da gestão municipal voltou a se manifestar nesta segunda-feira (08), durante assembleia realizada na quadra do Centro de Educação de Jovens e Adultos (CEJA). A categoria rejeitou, por unanimidade, a contraproposta apresentada pela Prefeitura, que incluía um reajuste salarial de 5%. Vale lembrar que a primeira proposta enviada pelo município de 4,83%, também foi rejeitada pelos servidores públicos, com excessão dos professores que aceitaram a proposta de 6,27% para a categoria com o pagamento retroativo.
Entre os pontos de maior insatisfação está a questão do auxílio-alimentação. De acordo com o sindicato, as cozinheiras da rede municipal recebem atualmente apenas R$ 150, enquanto prestadores de serviços terceirizados, que exercem funções semelhantes no município, chegam a receber até R$ 700. A diferença tem gerado revolta na categoria, que cobra isonomia e valorização profissional.
Além disso, a assembleia decidiu suprimir da apreciação um dos pontos apresentados pela Prefeitura na contraproposta: o escalonamento de 11% para os servidores aprovados no concurso de 2020. Segundo o presidente do sindicato, Samuel Siebra, esse item já foi objeto de ação judicial, cujo processo transitou em julgado e está em fase de pagamento. “Não fazia sentido a categoria deliberar sobre algo que já é um direito adquirido e reconhecido pela Justiça”, afirmou.
Com a rejeição da proposta, o sindicato se prepara para uma nova rodada de negociações com a gestão municipal, na tentativa de avançar nas pautas ainda pendentes. A categoria reivindica, além de um reajuste salarial mais justo, melhorias nas condições de trabalho, equiparação de benefícios e respeito aos direitos já conquistados.
Até o momento, a Prefeitura do Crato não se manifestou oficialmente sobre o resultado da assembleia. Agora, espera-se que a gestão inicie mais uma rodada de negociação junto ao Sindscrato que levará o resultado da assembleia dos servidores.
Mín. 22° Máx. 34°