Na manhã desta quarta-feira, 13 de março de 2025, servidores públicos do município do Crato, no Ceará, reuniram-se no Salão de Atos da Universidade Regional do Cariri (URCA) para discutir a proposta de reajuste salarial de 4,83% enviada pela gestão do prefeito André Barreto. Por unanimidade, os servidores rejeitaram a proposta, reivindicando um aumento de 7,5%, além de melhorias nas condições de trabalho e no auxílio alimentação, que atualmente é de apenas R$ 150 para as cozinheiras do município.
**Rejeição Unânime e Reivindicações**
A assembleia, que contou com a participação massiva de servidores de diversas categorias, foi marcada por debates acalorados e críticas à proposta enviada pela gestão municipal. Os trabalhadores argumentam que o reajuste de 4,83% não acompanha a inflação e não reflete o custo de vida atual. "Estamos há anos sem um reajuste digno. O valor proposto é insuficiente para cobrir nossas necessidades básicas", afirmou uma servidora presente na reunião.
Além do reajuste salarial, os servidores também destacaram a necessidade de melhorias na estrutura de trabalho. O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Crato, professor Samuel Siebra, ressaltou que as condições de trabalho em muitas secretarias e órgãos municipais são precárias, o que impacta diretamente na qualidade do serviço prestado à população.
**Situação Alarmante das Cozinheiras**
Um dos pontos mais críticos levantados durante a assembleia foi a situação das cozinheiras do município, que recebem apenas R$ 150 de auxílio alimentação. De acordo com o professor Samuel Siebra, empresas terceirizadas que prestam serviços ao município recebem três vezes mais do que um servidor público concursado. "Isso é inadmissível. Enquanto empresas terceirizadas são privilegiadas, nossos servidores, que dedicam suas vidas ao serviço público, são tratados com descaso", afirmou Siebra.
**Próximos Passos**
Diante da rejeição unânime da proposta, o Sindicato dos Servidores Públicos do Crato buscará uma reunião com a gestão municipal para apresentar a insatisfação dos trabalhadores e tentar negociar um acordo que atenda às reivindicações. "Vamos levar nossas demandas à mesa de negociação e esperamos que a gestão municipal esteja disposta a dialogar de forma transparente e justa", declarou o presidente do sindicato.
O professor Samuel Siebra também destacou que, além do reajuste salarial, outras pautas importantes serão levadas à gestão, como a revisão do auxílio alimentação e a melhoria das condições de trabalho. "Não vamos descansar até que nossas reivindicações sejam atendidas. A luta dos servidores públicos do Crato é por dignidade e respeito", concluiu.
**Expectativas para as Negociações**
Agora, a expectativa é que a gestão do prefeito André Barreto se mostre aberta ao diálogo e busque uma solução que atenda tanto às necessidades dos servidores quanto às possibilidades financeiras do município. Enquanto isso, os servidores públicos do Crato seguem mobilizados e unidos em defesa de seus direitos.
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