Nos últimos meses, as praças centrais do Crato tornaram-se abrigo para um crescente número de pessoas com deficiência intelectual, expondo uma lacuna significativa nos serviços de saúde mental e assistência social do município. Com o aumento desse público em espaços públicos, evidenciam-se tanto a necessidade de melhorias no Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) quanto a urgência de uma rede de apoio social mais robusta.
Frequentadores e moradores do entorno relatam situações preocupantes: indivíduos com deficiência intelectual vagando pelas praças, muitas vezes em condições de vulnerabilidade extrema, sem o suporte adequado para suas necessidades. "É uma questão de dignidade. Vemos essas pessoas aqui todos os dias, sem assistência, expostas ao sol, à chuva e a riscos diversos", comenta um comerciante local.
Especialistas apontam que a ausência de uma rede de acolhimento e suporte para essas pessoas pode resultar em um agravamento de suas condições de saúde. No CAPS do município, onde são atendidas pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, a demanda é alta, e a estrutura atual não atende plenamente às necessidades locais.
Em entrevista recente ao programa Bastidores da Política na Progresso FM com Moisés Rolim, Ronaldo Campos e Camila Lavine, o prefeito eleito André Barreto, informou que dentro dessa necessidade há planos para ampliar os serviços, mas reconhece as limitações enfrentadas atualmente. Ainda de acordo com ele, a partir do ano que vem haverá um investimento maior nesta causa como também, a criação do CAPS infantil que também é uma demanda da cidade do Crato.
O fortalecimento do CAPS, em conjunto com a criação de programas de apoio social, é essencial para evitar que esses indivíduos permaneçam nas ruas e nas praças em situação de desamparo. Além disso, uma atuação mais integrada entre as secretarias de Saúde e de Assistência Social é vista como um passo importante para garantir os direitos e o bem-estar dessa população.
A comunidade do Crato espera que medidas concretas sejam tomadas para assegurar que as praças voltem a ser espaços de convivência e que as pessoas com deficiência intelectual recebam o cuidado e o respeito que merecem.
Mín. 21° Máx. 33°