A Perícia Forense do Estado do Ceará divulgou o laudo oficial que revela que a morte de Robéria Caetano, 18 anos, ocorrida em junho deste ano, foi resultado de feminicídio por asfixia mecânica, e não por um acidente de trânsito, como havia sido inicialmente informado. O caso aconteceu no dia 10 de junho, na cidade do Crato, quando a jovem estava em um veículo D20, conduzido por um homem com quem havia tido um encontro.
De acordo com o boletim de ocorrência, a D20 colidiu com uma topique e, em seguida, com o muro do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social), entre as Avenidas Duque de Caxias e José Marrocos. O motorista, que não teve a identidade revelada, retirou Robéria do veículo já sem vida, alegando que ela estava sem o cinto de segurança e, com o impacto, teria quebrado o pescoço, levando ao óbito.
Porém, desde o início, a versão do acidente levantou suspeitas. O laudo preliminar não apresentou sinais de lesões compatíveis com o relato de colisão, o que deixou a causa da morte inconclusiva. A família de Robéria passou a questionar as circunstâncias, especialmente após relatos confirmarem que, antes do acidente, a jovem havia tido um encontro com o motorista, incluindo uma passagem pelo motel.
Com a reabertura das investigações, os exames forenses identificaram que Robéria foi vítima de asfixia mecânica, que pode ter ocorrido antes do acidente. A confirmação do crime levou à prisão do acusado, que se encontra detido na Delegacia de Defesa da Mulher do Crato. Ele deve responder por feminicídio, e sua prisão preventiva já foi solicitada.
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